Anatomia do Quadril
O quadril é a maior junta de ajuste esférico do corpo humano. A cabeça do fêmur, extremidade do osso longo da coxa, se encaixa na cavidade acetabular do osso pélvico. É, portanto, uma articulação de grande porte, adaptada para suportar o peso do corpo, distribuir os esforços e permitir os movimentos de flexão, extensão e rotações dos membros inferiores.
As juntas são cobertas por cartilagens articulares hialinas, tecido branco com 2mm de espessura, brilhante, polido e muito resistente que permite o deslizamento dos ossos ajustados, sem atrito e sem dor.
A cabeça femoral recebe suprimento de sangue, principalmente pelas artérias circunflexas em torno da base do colo femoral. Lesões dessas artérias por traumas ou obstruções por doenças podem comprometer o fluxo sanguíneo na região e determinar áreas de necrose avascular.
A articulação é envolvida pela cápsula articular 2, uma estrutura fibrosa firme e reforçada, revestida internamente pela sinovial, o tecido que produz o líquido que lubrifica e contribui para o baixo desgaste das estruturas articulares.
A parte superior e lateral do fêmur é chamada região trocantérica 3. Aqui são frequentes as fraturas do idoso. Sua forma lateral protuberante é envolvida pela bursa trocantérica 4, que é uma bolsa de cavidade virtual que facilita o deslizamento das estruturas regionais.
A estabilidade da articulação é conferida pelo perfil das extremidades ósseas, pela resistência da cápsula, dos , ligamentos e pela ação dos músculos 5 envolvidos com os movimentos funcionais da articulação.
A articulação tem um intrincado desenho no qual a cartilagem e o osso subcondral que à sustenta funcionam juntos para absorver grandes esforços e pressões. O quadril suporta o equivalente a três vezes a carga exercida pelo peso do corpo durante a marcha normal e sete vezes durante atividades mais exigentes, como subir escadas e lombas, corridas e outros esportes.
Sintomas
Ocorrem quando as cartilagens articulares degeneram e perdem a propriedade de proporcionar movimentos articulares livres e indolores. As manifestações clínicas dependerão da extensão do processo degenerativo e da atividade dos pacientes. Lembrar que os sintomas são sensíveis ao clima e são inconstantes, e esta característica leva, com frequência, à automedicação, ao abandono do tratamento e a terapêuticas alternativas.
Dor
Pode começar no nível da região inguinal, durante ou após exercícios maiores e com o tempo aparece durante ou após pequenas caminhadas ou atividades menores. É clássico o aparecimento da dor no início dos movimentos, após algum tempo em repouso, ou quando levanta da cama pela manhã e na sequência evolutiva a dor está presente até no repouso. A dor pode em alguns casos ser referida na coluna lombar, coxa, mas principalmente no joelho e na “canela” do mesmo lado.
Claudiação
Ocorre inicialmente por contratura antálgica involuntária. Essa dificuldade para caminhar é uma manifestação própria do organismo na tentativa natural de diminuir a pressão e a dor sobre o quadril doente. Com a evolução a claudicação aumenta, chegando a ficar difícil caminhar sem o apoio de uma bengala no outro lado da dor.
Limitação Funcional
Em seus diversos graus pode iniciar por dificuldade no final da amplitude normal dos movimentos de extensão e rotações do quadril. Com a evolução, pode determinar a impossibilidade de cortar as unhas e secar os pés, bem como a dificuldade de calçar as meias e os sapatos.
Rigidez Articular
É a consequência final da gradual diminuição dos movimentos, determinada pela dor e pela destruição das cartilagens. A evolução natural do processo degenerativo é a piora gradual das condições do paciente. Os sintomas deixam de ser esporádicos para serem constantes, resistentes aos anti-inflamatórios e analgésicos, chegando a comprometer o sono.
Diagnósticos
A Artrose não tem cura, mas tem tratamento. A identificação e o diagnóstico dos processos degenerativos articulares são essenciais para identificar o estágios, evolução e gravidade das patologias do quadril.
Histórico Clínico
O paciente informa, todas as características das suas dores, instabilidades e dificuldades de movimento, além de relatar seus hábitos e rotina.
Exame Físico
O médico correlaciona as informações e avalia o grau de disfunção, analisando o movimento, força e estabilidade do quadril durante o exame.
Exames Laboratoriais
Não diagnosticam o processo degenerativo por desgaste, mas são fundamentais para o diagnóstico de processos como artrites infecciosas agudas e doenças inflamatórias crônicas (doenças autoimunes).
Exames de Imagem
Passe o mouse/dedo sobre cada tipo de exame para saber mais
Tomografia Computadorizada
CT scan e 3-D CT scan são importantes no estudo das fraturas e displasias do quadril.
Tomografia
Computadorizada
Cintilografia do Esqueleto
É exame de imagem que avalia o grau de atividade celular, pode ser útil no esclarecimento ou na exclusão de outros processos patológicos.
Cintilografia
do Esqueleto
Radiografia
São importantes para determinar a extensão das lesões e orientar sobre as possíveis causas
Radiografia
Ressonância Magnética
É definitiva no diagnóstico das necroses avasculares, no estudo do impacto femoroacetabular e dos problemas extra-articulares como tendinobursites. A RNM com contraste é importante no diagnóstico das lesões do labrum.
Ressonância Magnética
Problemas do Quadril
A Artrose não tem cura, mas tem tratamento. A identificação e o diagnóstico dos processos degenerativos articulares são essenciais para identificar o estágios, evolução e gravidade das patologias do quadril.
Traumas
Doenças
Doenças
Distúrbios Anatômicos Funcionais
Distúrbios Anatômicos Funcionais
Doenças
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Desgaste Natural
Traumas
Distúrbios Anatômicos Funcionais
Distúrbios Anatômicos Funcionais
Tratamentos do Quadril
Conheça as diferenças entre os tipos de tratamentos clínicos, cirúrgicos e a colocação de prótese no quadril.